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10 conselhos para solicitar um Crédito Habitação

São poucos os portugueses que conseguem comprar casa com recurso a capitais próprios, acabando por recorrer aos bancos para solicitar um crédito habitação. Para ter acesso a um crédito habitação deverá começar por fazer uma pesquisa, reunir-se com as várias instituições e, no caso de ser aprovado, tratar de toda a burocracia da compra da casa.

O crédito habitação é um produto bancário com o tipo de contratos de crédito mais barato do mercado, uma vez que tem associada uma garantia de um ativo real. É também um crédito que possibilita alargar em muito o prazo, o que resulta em prestações mais reduzidas quando comparadas com os créditos pessoais ou outros créditos de curto prazo.

Quando se toma a decisão de pedir um crédito à habitação deve ter-se em conta que um processo de financiamento à habitação passa por várias fases e pode prolongar-se por mais de três meses até estar concluído, dependendo de cada caso.

No entanto, é certo que é necessário passar pelas seguintes fases até a aprovação do crédito à habitação: Envio de documentação; pré-aprovação do crédito para comprar casa; avaliação do imóvel; realização da escritura de compra e venda; e, por fim, aprovação do crédito para comprar casa.

Os vários passos a dar

Assim, o primeiro passo a dar é consultar diversos bancos, solicitando simulações do crédito para escolher o que for mais vantajoso.

Escolhida a instituição bancária, deve reunir toda a documentação necessária, para que o processo não seja parado ou atrasado por falta de documentos exigidos. Assim, tudo será mais rápido e as burocracias não ficarão pendentes. Por isso, deve saber-se junto do banco qual a documentação necessária para analisar o processo.

Ter um bom fiador é meio caminho andado para o crédito à habitação ser concedido.

Isto é algo que pode ajudar a obter o crédito mais rapidamente, pois ter um bom fiador significa oferecer ao banco uma boa garantia em relação ao empréstimo. Por exemplo, se os dois titulares do crédito se virem impossibilitados de pagar o valor contratado, o fiador poderá resolver o problema.

Na hora de subscrever o crédito a opção por dois titulares é a mais vantajosa, uma vez que se torna mais fácil a instituição financeira aprová-lo, pois dá-lhe mais garantias. Isto porque o banco vê o risco diluído, já que se um dos titulares ficar em situação de desemprego ou de corte no vencimento, o outro titular acaba por assegurar o pagamento das prestações.

Ter uma situação profissional estável é algo a que as entidades bancárias dão muita importância. Nesse sentido, quanto mais estável for a vida profissional e financeira de

quem pretende o crédito maior é a possibilidade de o banco conceder o empréstimo. É aconselhável a ter um rendimento regular e um vínculo laboral, contudo, não é decisivo.

Importante é ter uma taxa de esforço baixa. A taxa de esforço, que é a percentagem do rendimento destinada ao pagamento das prestações dos créditos contraídos, é um dos indicadores utilizados pelas instituições de crédito para avaliar a viabilidade e a sua capacidade financeira. Para que umas finanças pessoais sejam consideradas saudáveis, a taxa não deverá ser superior a 30% (um terço do rendimento total do agregado familiar).

Igualmente fundamental no momento de contratar o crédito à habitação é a negociação do spread.

Este é, no fundo, a margem de lucro dos bancos e, atualmente, rondam, em média, os 2%, mas não é difícil encontrar bancos com spreads na ordem dos 1,5%.

Apesar do spread ser um bom indicador para avaliar um crédito habitação, este não é o único. Por vezes, até pode “enganar” o cliente, pois alguns spreads, mesmo sendo baixos, obrigam à subscrição de produtos e fazem com que a pessoa interessada tenha de pagar mais no final.

Assim, é essencial conhecer todas as condições de financiamento, como seguros, impostos e comissões, entre outros tipos de encargos. O melhor é usar a Taxa Anual Efetiva Revista (TAER) como principal indicador comparativo, uma vez que é a taxa que considera todos os custos associados ao crédito.

Igualmente importante é escolher a taxa de juro fixa ou variável, observando qual o melhor para o seu caso e também o prazo de pagamento.

No caso de se optar por um prazo de pagamento maior, mensalmente o valor pago ao banco será menor. No entanto, no final do empréstimo, o valor pago será sempre superior devido aos juros, uma vez que tem de liquidar por mais tempo.

João Miguel Autor Imovirtual Blog

João Miguel é o homem dos números. O jeito para os números sempre foi inato, assim como o talento para a escrita. Já tentou fazer um sem o outro, mas não foi bem sucedido na tarefa. Por isso, hoje escreve para a secção ‘Finanças’ do Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 14 setembro 2021
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