Autoridade Bancária Europeia autoriza novas moratórias de crédito até 31 de março
Autoridade Bancária Europeia autoriza novas moratórias de crédito até 31 de março
Foi autorizada uma nova jornada de moratórias bancárias por parte da Autoridade Bancária Europeia. Esta decisão vai permitir uma folga a empresas e particulares, no que diz respeito ao impacto negativo que a covid-19 está a ter a nível mundial.
Vai então ser possível aceder a moratórias com o intuito de adiar encargos com créditos até 31 de março de 2021. Apesar desta decisão ter sido tomada no início do mês de dezembro, tem efeitos desde 1 de outubro deste ano.
Numa reação a esta medida, o Ministério das Finanças “congratulou-se com a decisão da EBA [sigla em inglês para Autoridade Bancária Europeia], que reflete o reconhecimento de que a segunda vaga da pandemia continua a provocar desafios e constrangimentos de liquidez à economia, em particular às famílias e empresas dos Estados-Membros”.
Em termos práticos, a Autoridade Bancária Europeia permite uma nova vaga de moratórias de crédito, que terão efeito a partir de 1 de outubro de 2020 até 31 de março de 2021.
Bancos estão a analisar esta medida
Os bancos estão a analisar seta medida tomada pela Autoridade Bancária Europeia. Em declarações ao jornal Público, a Associação Portuguesa de Bancos adiantou que “na sequência da decisão da EBA de reativar as orientações relativas às moratórias, e dado que a flexibilidade agora concedida está sujeita a condições que não existiam anteriormente, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) está a analisar as suas implicações para clientes e bancos, que deverão ficar acauteladas na alteração legislativa a concretizar”.
DECO menos otimista com esta medida
Já a Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, em declarações ao jornal ECO, alertou que “não há perdão de dívida”, adiando assim o pagamento dos créditos bancários.
Aquele jornal online, Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobre-envididamento da Deco, sublinha que “as famílias devem ter a consciência de que ao estarem a pedirem uma moratória apenas estão a adiar o pagamento e nada mais do que isso”.
Neste sentido, Natália Nunes alerta para que quem pretenda aceder a estas moratórias, deverá pensar muito bem visto poder estar a incorrer numa penalização de “pagar juros sobre juros”.
João Miguel é o homem dos números. O jeito para os números sempre foi inato, assim como o talento para a escrita. Já tentou fazer um sem o outro, mas não foi bem sucedido na tarefa. Por isso, hoje escreve para a secção ‘Finanças’ do Blog do Imovirtual.
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