Crédito Habitação: 5 pormenores a que o banco toma atenção
5 pormenores que os bancos têm em conta na hora de aprovar o seu Crédito Habitação
Comprar um apartamento ou moradia é um objetivo comum a muitas pessoas. Mas infelizmente nem toda a gente tem a possibilidade de poupar dinheiro para investir na casa dos seus sonhos. E é aí que entra o Crédito Habitação, o empréstimo de uma quantia monetária que uma instituição financeira faz para a aquisição de um imóvel, celebrado através de um contrato de crédito. Desde 2018 que os bancos deixaram de proporcionar financiamento a 100%, por isso terá sempre de contar com parte das suas poupanças para dar entrada e iniciar o processo de compra da casa dos seus sonhos. Dependendo da instituição bancária, algumas irão financiar entre 80% e 90% do valor do imóvel e somente nos casos de imóveis de banca, poderá conseguir um Crédito Habitação com financiamento a 100%. Independentemente destes fatores, na hora de solicitar a aprovação do seu empréstimo deve ter conhecimento de alguns fatores a que os bancos tomam atenção na revisão dos processos de candidatos, para poder jogar com os mesmos a seu favor. Ora veja.
1. O número de titulares
Já dizia a expressão popular “duas cabeças pensam melhor que uma”, uma frase que pode ser facilmente aplicada à situação do Crédito Habitação: com dos titulares é mais fácil obter um empréstimo a seu favor, já que desta forma o banco encara um risco diluído. Senão vejamos: hipoteticamente, se um dos titulares ficar desempregado ou vir o seu vencimento reduzido, há sempre uma segunda pessoa para garantir o pagamento das prestações.
2. A situação profissional
Sem uma boa situação profissional em cena é provável que não consiga alcançar o montante para o Crédito Habitação que ambiciona. É que este é um dos pormenores chave para o sucesso de qualquer simulação de Crédito Habitação. Na altura de fazer a sua, certifique-se que encontra-se num momento profissional seguro e favorável, que dê a garantia ao(s) banco(s) de que terá capacidade financeira para suportar a prestação mensal, sem prejuízo de ser despedido daqui a 3 semanas. Além de um salário capaz de cobrir os encargos com o empréstimo, os bancos também atentam ao tipo de contrato que tem celebrado com a sua empresa – a termo, sem termo, por tempo indeterminado – sendo que um Contrato Sem Termo é aquele que garante mais segurança às entidades bancárias, assim como um emprego em cargos do Estado.
3. A taxa de esforço
Preferencialmente deve ser baixa para garantir um montante de Crédito Habitação mais elevado (dentro dos 80% a 90% possíveis de financiar). O banco irá avaliar os seus rendimentos e determinar o seu nível de solvência para decidir se o seu pedido de crédito habitação deve ou não ser aprovado. Muitas vezes, esta avaliação é feita com a ajuda do Mapa de CRC, solicitado no site do Banco de Portugal, por forma a poder avaliar a percentagem de rendimentos usada para pagar outros créditos ativos. Juntos, os valores dos créditos que já tem com a prestação do novo Crédito Habitação não podem representar mais de 50% dos seus rendimentos, idealmente devem até situar-se abaixo dos 40%.
4. Os compromissos bancários
Chamemos-lhe o registo criminal dos bancos. Se no passado já falhou no cumprimento das suas obrigações financeiras, seja em que entidade bancária for, esse delito ficou registado no Banco de Portugal, local onde os bancos se podem dirigir para conferir o seu historial e determinar se é uma pessoa apta para saldar as suas dívidas. Porque nada garante às instituições financeiras que se falhou uma vez no pagamento de créditos, na próxima pode ou não voltar a acontecer.
5. A idade
A idade é outro dos fatores preponderantes para os bancos, sendo que não existem situações ideais e cada caso é um caso. Para os mais jovens, o fator instabilidade profissional não joga a seu favor, uma vez que muitas vezes os candidatos mudam de emprego com frequência e apresentam situações profissionais precárias. Mas o envelhecimento também é um obstáculo e os mais velhos com carreira feita também podem não desfrutar em pleno do Crédito Habitação. A partir de uma certa idade os anos de financiamento são mais curtos – normalmente é possível pedir um empréstimo até 40 anos, ou seja, pagá-lo durante esse tempo. Nestas situações, está pressuposta uma idade máxima para o cliente poder terminar de pagar o seu crédito (entre 75 a 80 anos), articulada com o prazo máximo que o banco permite.
João Miguel é o homem dos números. O jeito para os números sempre foi inato, assim como o talento para a escrita. Já tentou fazer um sem o outro, mas não foi bem sucedido na tarefa. Por isso, hoje escreve para a secção ‘Finanças’ do Blog do Imovirtual.
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