Tudo sobre a Avaliação Bancária

A avaliação de um imóvel é um procedimento solicitado pelas instituições financeiras sempre que existe uma solicitação de um novo Crédito à Habitação. Trata-se de um custo acrescido na hora de comprar casa, porém obrigatório, que ausculta com base num conjunto de diversos fatores qual é o valor de uma habitação para assim proporcionar uma noção mais concreta do custo real do empréstimo. Assim, neste ImoExplica vamos abordar algumas das questões que os futuros compradores devem ter em conta na hora de requerer uma Avaliação Bancária.

Quem faz a avaliação?

Trata-se de uma operação, realizada por uma entidade especializada, que deve ser custeada pelo comprador do imóvel e que é sempre solicitada pelos bancos a fim de determinar a viabilidade do financiamento. De referir, que os credores cobram uma comissão de avaliação de imóveis a fim de concretizar este processo.

Todavia, se o comprador pretender avançar com uma segunda avaliação imobiliária à casa que pretende comprar, não só pode como deve. Além de obter uma segunda opinião, também terá a possibilidade de facultar ao banco o valor estimado do imóvel.

A Avaliação Bancária pode ser realizada por:

• Empresas especializadas ou técnicos por conta própria;
• Alguns sites de avaliação de imóveis, que não cobram nada pelo processo;
• Através do Portal das Finanças, que disponibiliza um avaliador de zona geográfica, atribuindo um valor à habitação e um montante a pagar em impostos;
• Por meio de algumas entidades financeiras, como é o caso do BPI, que começam a disponibilizar este tipo de serviços à margem da sua oferta para Crédito à Habitação.

De referir que, convém optar por um agente especializado, por forma a obter um relatório mais concreto e detalhado e, tal como recomenda o Banco de Portugal, este deve ser entregue aos consumidores e às instituições de crédito. Importa ainda reter que, a Avaliação Bancária é solicitada pelas instituições credores, quer o cliente contrate um profissional pelos seus próprios meios ou não.  

Quando é feita a avaliação?

A Avaliação Bancária é requerida em diversas situações, sendo a mais comum, a solicitação de um novo empréstimo junto das instituições financeiras. Contudo, esta operação também é necessária quando existe transferência de Crédito à Habitação. Isto acontece, já que o banco para o qual irá transferir o financiamento necessita de uma confirmação do valor de avaliação e no caso de imóveis com alguns anos, logicamente que o valor da avaliação difere.

A juntar a estes dois cenários, a Avaliação de Imóveis também pode ser requerida no caso de processos de partilhas de herança, se os herdeiros não chegarem a acordo a respeito do valor da casa ou mesmo quando um proprietário pretende conhecer o valor da sua habitação para a colocar à venda no Mercado Imobiliário.

Note ainda que, no caso de imóveis do Banco, há possibilidade de isenção no pagamento da avaliação, além de todas as outras vantagens que lhe são associadas como a possibilidade de financiamento a 100% e a isenção de comissões iniciais.

Quanto custa fazer uma avaliação?

As avaliações realizadas pelos Bancos são cobradas por meio de comissão, um valor que varia consoante a instituição financeira. O mesmo se aplica as avaliações de imóveis solicitadas pelo próprio comprador, cujo custo irá depender da entidade a quem solicitar esse serviço.

Que fatores influenciam uma avaliação?

Existem vários fatores a considerar na hora de realizar uma Avaliação Bancária. São eles:

• Natureza do imóvel, apartamento ou moradia
• Tipo de imóvel – número de assoalhadas
• Área total
• Data de construção
• Estado de conservação – aplica-se em casas usadas
• Acabamentos e equipamentos disponíveis
• Exposição solar
• Eficiência energética
• Localização
• Facilidades do imóvel, ou seja, as comodidades como piscina, elevador, BBQ, lareira, ar condicionado, estacionamento, etc.
• Estado do mercado – relativamente à oferta e a procura.

É possível pedir nova avaliação?

Sim, caso não concorde com o valor que o banco atribuiu ao seu imóvel, deverá apresentar os seus argumentos junto da entidade a fim de requerer uma nova avaliação. Mas não sem antes solicitar o acesso ao relatório do perito avaliador e fazer uma análise cuidada dos dados para perceber quais são os pontos em que discorda.

João Miguel é o homem dos números. O jeito para os números sempre foi inato, assim como o talento para a escrita. Já tentou fazer um sem o outro, mas não foi bem sucedido na tarefa. Por isso, hoje escreve para a secção ‘Finanças’ do Blog do Imovirtual.

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