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Como escolher a zona certa para viver

Cidade ou Subúrbios: dicas para escolher a zona certa para viver

Quer esteja a pensar em comprar ou arrendar um imóvel, escolher o local ideal para viver não é uma ciência exata, nem tão pouco é tão certo como 2 e 2 serem quatro. Há que considerar uma panóplia de fatores que variam consoante o perfil de cada pessoa, os seus objetivos e ambições, as necessidades e as expetativas. O que é certo para fulano, pode ser completamente descabido para beltrano e sicrano. Há quem goste de mar, de campo ou de cidade. Há quem preferia o frenesim das metrópoles ou a calmaria dos subúrbios. Há quem tenha uma família grande e necessite de uma casa proporcional e há quem não se importe de viver num pequeno apartamento num centro urbano. Se a mudança de casa envolver crianças então aí o caso muda definitivamente figura e é mais um aspeto a ter em conta.

Encontre aqui dicas para mudar de casa com crianças

No fundo escolher a zona certa para viver é como uma balança: se as vantagens de determinado sítio superarem as desvantagens, então aquele será o local a escolher. Mas para isso há que colocar na soma o número de variáveis certas. Para o ajudar no processo, apresentamos-lhe algumas delas.

1. Custo de Vida

Existem muitos prós e contras que podem influenciar a decisão de escolha entre uma casa nos subúrbios ou um apartamento na cidade. Além da questão de preferência pessoal, talvez o mais flagrante seja o custo de vida. É importante considerar o seu orçamento mensal – com despesas e créditos já incluídos – para perceber se consegue suportar o custo de vida de uma cidade, como Lisboa, Porto ou Coimbra. Note que em grandes cidades tudo é mais caro nos seus subúrbios, e isto inclui alimentação, transporte, rendas, imóveis, colégios e creches, entre outros demais serviços que são muito mais em conta em cidades menos concorridas.

Considere aquilo que sabe – o seu orçamento – e pesquise sobre o que não sabe – o custo de vida na cidade e nos subúrbios que almeja – e faça uma estimativa de gastos para cada local.

2. Distâncias

Além do custo de vida, há que considerar o tempo que demora a chegar ao seu trabalho e à escola dos seus filhos a partir da cidade e dos subúrbios. Há quem diga que tempo é dinheiro, e por essa lógica deve avaliar os meios de transporte e acessibilidades de cada zona, os horários, as distâncias e o custo-benefício de cada um deles. Andar de carro é mais cómodo, mas mais dispendioso e menos sustentável. Escolher os transportes públicos é uma forma de reduzir a poluição, a despesa na sua carteira e as preocupações com estacionamento e pagamento de despesas extra. Bom vistas as coisas, parece que esta última opção é a mais acertada. Mas as coisas não são tão preto no branco, e por isso, deve considerar o tempo que leva em cada alternativa e se o mesmo é compatível com a sua agenda. Para isso, sugerimos que procure respostas às seguintes questões:

  • Quanto tempo levo de casa ao trabalho nos transportes públicos, se escolher os subúrbios?
  • Quanto tempo levo de casa ao trabalho de carro, se escolher os subúrbios?
  • Quanto tempo levo de casa ao trabalho nos transportes públicos, se escolher a cidade?
  • Quanto tempo levo de casa ao trabalho de carro, se escolher a cidade?

3. Proximidade com amigos e família

Não é saudável viver uma vida social à margem de amigos e família. Por muito distantes que ainda nos encontremos por conta da pandemia, é sempre reconfortante saber que podemos contar com os entes queridos. Assim, se estiver a ponderar viver nos subúrbios e isso significar ficar (muito) longe da sua família e amigos, considere se vale a pena sacrificar esses afetos.

4. Explore a vizinhança

Está inclinado para escolher os subúrbios já que o custo de vida é barato, a distância para o trabalho é fazível, há boas acessibilidades e a família até está relativamente perto. Mas e a vizinhança: como é? Não deixe de avaliar a oferta de comércio, serviços e infra-estruturas da zona em que está a ponderar ir viver. Imagine que o supermercado mais perto fica a 7km: será viável? Não se esqueça de procurar pelos serviços que são importantes conhecer para tratar dos assuntos do dia-a-dia: câmara municipal, junta de freguesia, esquadra de polícia, centro de saúde, bombeiros, hospital, estação de comboios, metro ou autocarros. Informe-se, também, sobre o número de farmácias, escolas, jardins de infância, jardins, supermercados, complexos desportivos, ginásios, lojas, restaurantes e cafés que tem na região para ter uma sensação de como está servida a nível destas infra-estruturas. Sonde as gentes da zona para perceber como é viver naquele local. No fundo, a ideia é fazer um retrato geral da cidade, vila, freguesia ou aldeia para não ter dissabores, surpresas e arrependimentos.

Estas quatro dicas são o ponto de partida para começar resolver o dilema entre cidade e subúrbios. Claro que, tal como já referimos, dependendo dos casos, podem existir outras variantes a ter em conta. Nesse sentido, encorajamo-lo a pesar tudo na balança imaginária: não deixe nada de fora para mais tarde não haver lugar a arrependimentos.

Alexandre Luís Autor Imovirtual

Também conhecido como ‘O Consultor’. Pode encontrá-lo a consultar o último estudo de mercado. Não tem talento para vender, mas sabe tudo sobre Imobiliário. Fala sobre questões relacionadas com o tema no Blog do Imovirtual.

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Ultima actualização: 29 julho 2021
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