O mercado da nova construção neste momento está numa fase muito positiva
“O mercado da nova construção neste momento está numa fase muito positiva”
Júlio Amaral, Consultor Imobiliário da Century 21 Contacto Directo, afirma que o mercado da nova construção neste momento está numa fase muito positiva, o que levou a que quando recentemente o negocio retomou, tivesse existido uma muito elevada procura, que se ainda hoje se mantem.
Como analisa o mercado de nova construção atualmente? Sente diferenças pré e durante a pandemia no que diz respeito à nova construção?
O mercado da nova construção neste momento está numa fase muito positiva, após a crise de 2008 existiu uma quase total inactividade, o que levou a que quando recentemente recomeçou, tivesse uma muito elevada procura, que se mantem.
A pandemia não veio alterar e evolução que se estava a sentir, quer pelo factor anteriormente exposto, a falta de casas novas no mercado, quer pelo facto de muitos projectos de nova construção estarem numa fase inicial, e não terem parado.
Como se caracteriza a carteira de clientes que procuram a Century 21 para investimentos imobiliários?
Nesta fase a maior procura é por parte do investidor não profissional, que procura no imobiliário a rentabilidade financeira que o sector bancário não está a dar.
Aqui podemos separar em 2 tipos de investidor diferentes, o que procura uma rentabilidade mais rápida, que tem mais tempo para se envolver no processo e que opta por procurar boas oportunidades no mercado, para melhorar as condições do imóvel e revender. Por outro lado, temos o investidor mais conservador, que procura uma compra de um bem seguro, para colocar no mercado de arrendamento e assim obter a sua rentabilidade.
E como caracteriza os empreendimentos de nova construção por vós angariados? Que inovações têm vindo a marcar presença na nova construção?
O mercado da nova construção sofreu profundas alterações ao longo dos últimos anos, sendo essa evolução mais notada pela ausência de construção que existiu desde a crise de 2008. Essas alterações são mais notórias ao nível da evolução dos materiais, levando a uma superior qualidade a nível térmico e acústico, e também ao nível da arquitectura, notando-se cada vez mais uma preocupação de base em, mais do que fazer uma casa, criar as melhores condições de habitabilidade, conforto e estética.
Estas diferenças levam a que o mercado da nova construção, que ainda se encontra a recuperar, tenha uma procura muito elevada.
A situação que vive o setor pode levar ao aumento de projetos inovadores?
A situação actual mais que levar a um aumento de projectos inovadores levou essencialmente a uma mudança na procura por parte dos clientes compradores, a mudança drástica na forma de trabalhar, teletrabalho, leva a que se passe muito mais tempo em casa, e aí, o tipo de imóvel que os clientes compradores procuram muda drasticamente, pois começa a ser muito valorizado o espaço exterior, aumentando a procura por moradias ao invés de apartamentos. Ao nível da construção, os valores não tiveram um aumento significativo, mas, mais importante que os valores a serem praticados é a escolha de um parceiro de confiança.
Os empreendimentos de nova construção constituem uma porção importante no volume das vendas da Century 21 Contacto Directo?
O Ano de 2020 para a Century21 Contacto Directo foi excelente no que toca a nova construção, tendo nós tido em exclusivo empreendimentos de referência na região, o que também advém da credibilidade que a nossa empresa tem, fruto de um trabalho consolidado ao longo de 20 anos na mediação imobiliária, aliado à projeção que a marca C21 nos acrescentou.
Quais os maiores desafios em vender um imóvel de nova construção? Quais são as suas táticas?
Os maiores desafios da venda de imóveis de nova construção são essencialmente o de estarmos a vender algo que ainda não existe, não se pode visitar, não se pode tocar. E para isso é fundamental a confiança que conseguimos passar aos nossos clientes. Essa confiança é conquistada e não um dado adquirido.
Quando estamos a falar de nova construção ao nível de apartamentos, torna-se mais fácil, existe algo para mostrar, um projecto, obras anteriores do mesmo construtor, um andar modelo. Mas quando falamos de autoconstrução, que é a minha especialidade, temos que nos rodear de bons parceiros, credíveis com anos e nome no mercado, onde os clientes consigam ir visitar obras que estão a ser edificadas, percebam a qualidade com que são feitas, possam falar com outros clientes que já passaram por essa experiência com o mesmo parceiro e assim ganharem a confiança necessária para entrar, mais que num projecto de construção, no sonho de ter uma casa idealizada a pensar em si e na sua forma de viver.
Qual a maior vantagem em fazer um investimento num ativo imobiliário?
Segurança do investimento, essa é sempre a maior vantagem. Ao adquirir um imóvel para investimento o capital está sempre seguro, o bem existe, é tangível. Quando se fazem outros tipos de investimentos financeiros estamos a comprar algo que não vemos, estamos a confiar num banco, numa empresa, etc., um imóvel é exactamente o oposto, não é um papel que nos é dado que nos diz que temos A, B ou C, são paredes, janelas, portas.
E dali não vão sair.
Tem sentido impacto quanto ao investimento estrangeiro?
O investimento estrangeiro na região tem-se mantido ao longo dos últimos tempos, sendo uma procura muito específica e na minha opinião não tem grande impacto no volume de negócios efectuado. Nunca o devemos descurar, mas, pelo menos para mim, o nosso foco deve ser o de ajudar as famílias locais a terem o seu lar nas melhores condições possíveis.
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