Relatório de Preços – Em janeiro, o preço do arrendamento cresce 8% e venda regista subida de 19%
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O Imovirtual, portal imobiliário de referência, apresenta o seu barómetro mais recente, relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda em Portugal, incluindo ilhas. Os dados comparam os valores de janeiro de 2025 com os do mês anterior, dezembro de 2024, e com o período homólogo, janeiro de 2024.
Arrendamento
Em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, verifica-se um aumento na renda média de 8% em comparação com janeiro do ano passado, estando 100€ mais caro. Em relação ao mês anterior, houve uma ligeira estabilização, passando de 1.250€ para 1.300€ (+4%).
Norte
Os preços médios de arrendamento no Norte apresentaram oscilações relevantes. A Guarda destacou-se com o maior crescimento percentual, registando uma subida de 45% face ao mês anterior (500€ para 725€) e de 81% em relação ao ano anterior (400€ para 725€). Seguiu-se Viseu, com um aumento mensal de 8% (650€ para 700€) e um crescimento anual de 17% (600€ para 700€).Por outro lado, Viana do Castelo registou uma ligeira descida de -1% face ao mês anterior (800€ para 795€). Enquanto Bragança registou uma descida de -5% face ao período homólogo, janeiro de 2024. Contudo, alguns distritos, como Braga (900€), Bragança (525€) e Vila Real (550€), mantiveram os preços inalterados em relação ao mês anterior.
Centro
A região Centro apresentou uma estabilidade generalizada nos preços de arrendamento, com subidas moderadas em alguns distritos. Castelo Branco registou um aumento mensal de 7% (560€ para 600€) e um crescimento anual de 20% (500€ para 600€).
Por outro lado, os preços mantiveram-se estáveis em Coimbra (750€), Lisboa (1.750€) e Santarém (800€), sem alterações face ao mês anterior. Leiria destacou-se com um aumento mensal de 6% (800€ para 850€), mantendo-se estável em relação ao ano anterior.
Sul
O Sul foi uma das regiões com maior variação nos preços de arrendamento. Portalegre liderou o crescimento mensal com uma subida de 24% (525€ para 650€) e um aumento anual de 30% (500€ para 650€). Évora registou um crescimento anual expressivo de 38% (800€ para 1.100€) e um aumento mensal de 10% (1.000€ para 1.100€). Em contraste, Beja apresentou uma redução mensal de -7% (750€ para 700€). Já os preços em Faro (1.200€) e Setúbal (1.250€) permaneceram inalterados em relação ao mês anterior.
Ilhas
Nas ilhas, os preços médios de arrendamento variaram entre estabilidade e aumentos expressivos.
A Ilha de Porto Santo destacou-se com o maior aumento mensal de 23% (950€ para 1.170€). Já a Ilha de São Miguel liderou o crescimento anual, com um aumento de 31% (650€ para 850€).
Por outro lado, as Ilhas da Madeira (1.600€), São Miguel (850€), Terceira (700€) e Faial (800€) mantiveram os mesmos valores do mês anterior, sendo que este último manteve também o mesmo do período homólogo, janeiro 2024.
Distritos mais baratos e mais caros para arrendar
Os distritos mais baratos para arrendar casa em janeiro de 2025 foram Bragança (525€), Vila Real (550€) e Castelo Branco (600€).
Por outro lado, os mais caros foram Lisboa (1.750€), Faro (1.200€) e Setúbal (1.250€).
Venda
No que diz respeito ao preço médio de venda a nível nacional, verificou-se uma estabilização em janeiro de 2025, com um ligeiro aumento de 1% face ao mês anterior (377.000€ para 380.000€).
Em termos anuais, os preços registaram um crescimento de 19%, representando uma subida de 60.000€ em relação a janeiro de 2024 (320.000€ para 380.000€).
A região Sul e as Ilhas destacaram-se como as zonas com maior valorização anual.
A nível nacional, os distritos mais acessíveis para comprar casa em janeiro de 2025 foram Castelo Branco (87.500€), Guarda (95.000€) e Bragança (125.000€). Em contraste, Lisboa continua a liderar como o distrito mais caro (565.000€), seguido pela Ilha da Madeira (530.000€) e por Faro (478.000€).
Ao analisar o mercado imobiliário em termos de arrendamento e venda, destacam-se diferenças significativas entre as várias zonas do país.
No arrendamento, o Centro e o Norte apresentam preços mais acessíveis, com distritos como a Guarda (725€) e Castelo Branco (600€).
Em contrapartida, o Sul e as Ilhas lideram com valores mais elevados, como Lisboa (1.750€) e a Ilha da Madeira (1.600€). No mercado de venda, o Sul e as Ilhas destacam-se como as zonas com maior valorização anual. Estas variações refletem não só as diferenças na procura e oferta, mas também as particularidades económicas e demográficas de cada região, reforçando a diversidade e a resiliência do mercado imobiliário português.